EDITORIAL:

O processo de comunicação atual, passou a ser central e prioritário; a tendência delineada para o esse século é um crescimento cada vez mais acelerado da informatização, facilidade e rapidez para acessar informações, substituindo a tecnologia e procedimentos até então considerados suficientes.
As informações e a disponibilidade de divulgação das mesmas entre as pessoas do mundo inteiro tornou-se melhor, imediato através do uso da internet, possibilitando a aproximação não somente de pessoa a pessoa mas a troca imediata de conhecimentos, culturas além de nos manter informados dos acontecimentos que ocorrem no mundo inteiro através de textos, gravuras ou animações.
Portanto, percebe-se que a internet possibilitará divulgação dessas informações para todas as áreas de estudo incluindo aí a HISTÓRIA, com a utilização de seus recursos tanto para obter dados enriquecendo as experiências e aprendizados como também para fazer conhecido os resultados das pesquisas. Uma forma de divulgação cada vez mais utilizada é a REVISTA ELETRÔNICA.
Essa revista é direcionada aos estudantes e professores do curso de História, apostamos numa proposta didática levando em conta uma discussão contemporânea de uma história tão antiga. Assim, o conteúdo expresso neste trabalho deverá cumprir o papel de construir saberes críticos, dinâmicos e problematizadores das noções do senso comum.
Utilizamos como metodologia a consulta bibliográfica de materiais que abordassem o assunto e busca na rede de computação que mostrava as revistas acessíveis pela intenet.
Outra forma de alcançar informações é a interligação através dos links de hipertexto, onde os artigos tem várias palavras e frases "linkadas", ou seja, que remetem diretamente a outros sites na internet, que permitem ao leitor aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto tratado, no nível que desejar.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

ARTES e ESPETÁCULOS

As artes no Egito Antigo estavam muito relacionadas com a vida religiosa. A maioria das estátuas, pinturas, monumentos e obras arquitetônicas estavam ligados, direta ou indiretamente, aos temas religiosos.

EGITO - A ARTE DA IMORTALIDADE

Começou a formar-se há mais ou menos quatro mil anos antes de Cristo, nas proximidades do Rio Nilo. O rio, um verdadeiro oásis no deserto, foi essencial para a concentração de uma população mesclada entre mediterrâneos, asiáticos e africanos, que, principalmente a partir de 3300 a.C., tinham na agricultura e no pastoreio suas principais atividades, guiadas pelas cheias do Nilo.

                             Foto: Rio Nilo

Após a unificação do norte e sul, por volta de 3000 a.C., o Egito foi se desenvolvendo cada vez mais. A escrita dava seus primeiros passos, bem como as técnicas sobre metais (em especial os mais moles como o ouro e o cobre), a tecelagem e a cerâmica.
KA  espírito imortal do faraó; força vital. Acreditava-se que o faraó era como um deus sobre a terra.
EMBALSAMENTO  receptáculo durável para o espírito. Etapas: extração do cérebro do cadáver pelas narinas, com um gancho de metal. Imerso em salmoura, permanecia lá por 2 meses. Enrugado, era envolto com ataduras e depois levado ao caixão e finalmente ao sarcófago de pedra. O clima seco e a ausência de bactérias na areia e no ar ajudavam a manter o corpo.

Foto: Múmia de Nefertiti, esposa do faraó Akhenaton
TUMBAS: Conhecemos como era a civilização pelas tumbas, pois depositavam todos os bens terrenos para que usassem na eternidade. Essas enormes construções geométricas de pesadas pedras, simbolizando profunda solidez e força, eram construídas para abrigarem, em seu centro, a múmia do faraó. Possuíam, além da própria câmara funerária, normalmente repleta de tesouros, várias câmaras decoradas com imagens e fórmulas mágicas. Talvez as mais conhecidas tumbas sejam as pirâmides de Quéops, Quefren e Miquerinos, perto de Mênfis, então capital do Império.


ARTE EGÍPCIA
A principal preocupação da arte egípcia era a de garantir uma vida eterna confortável para seus soberanos, faraós  ou reis se assim podemos dizer, considerados deuses.
A arte pretendia ser útil, não se falava em peças ou em obras belas, e sim em eficazes ou eficientes. O intercâmbio cultural e a novidade nunca foram considerados como algo importante por si mesmos. Assim, as convenções e o estilo representativo da arte egípcia, estabelecidos desde o primeiro momento, continuaram através dos tempos. Sua intenção fundamental, sem dúvida, não foi a de criar uma imagem real das coisas tal como apareciam, mas sim captar para a eternidade a essência do objeto, da pessoa ou do animal representado.

Foto: Ísis: perceba a cor ocre que caracteriza a figura feminina.

PINTURA EGÍPSIA

Grande parte das pinturas eram feitas nas paredes das pirâmides. Estas obras retratavam a vida dos faraós, as ações dos deuses, a vida após a morte entre outros temas da vida religiosa. Estes desenhos eram feitos de maneira que as figuras eram mostradas de perfil. Os egípcios não trabalhavam com a técnica da perspectiva das imagens. Os desenhos eram acompanhados de textos, feitos em escrita hieroglífica, as palavras e expressões eram representadas por desenhos. As tintas eram obtidas na natureza, pó de minérios e  substâncias orgânicas.
As pinturas e os hieróglifos nas paredes das tumbas eram uma forma de registro da vida e atividades diárias do falecido, nos mínimos detalhes. Eram feitos em forma de painéis e divididos por linhas com hieróglifos. O tamanho da figura indica sua posição: faraós representados como gigantes, e servos quase como pigmeus. O homem era pintado em vermelho, a mulher em ocre.
AS CORES
A arte egípcia, à semelhança da arte grega, apreciava muito as cores. As estátuas, o interior dos templos e dos túmulos eram profusamente coloridos. Porém, a passagem do tempo fez com que se perdessem as cores originais que cobriam as superfícies dos objetos e das estruturas.
As cores não cumpriam apenas a sua função primária decorativa, mas encontravam-se carregadas de simbolismo, que se descreve de seguida:
Preto (kem): era obtido a partir do carvão de madeira ou de pirolusite, óxido de manganésio do deserto do Sinai. Estava associado à noite e à morte, mas também poderia representar a fertilidade e a regeneração. Este último aspecto encontra-se relacionado com as inundações anuais do Nilo, que trazia uma terra que fertilizava o solo, por esta razão, os Egípcios chamavam Khemet, A Negra, à sua terra. Na arte o preto era utilizado nas sobrancelhas, perucas, olhos e bocas. O deus Osíris era muitas vezes representado com a pele negra, assim como a rainha deificada Ahmés-Nefertari.
Branco (hedj): obtido a partir da cal ou do gesso, era a cor da pureza e da verdade. Como tal era utilizado artísticamente nas vestes dos sacerdotes e nos objetos rituais. As casas, as flores e os templos eram também pintados a branco.
Vermelho (decher): obtido a partir de ocres. O seu significado era ambivalente: por um lado representava a energia, o poder e a sexualidade, por outro lado estava associado ao maléfico deus Set, cujos olhos e cabelo eram pintados a vermelho, bem como ao deserto, local que os Egípcios evitavam. Era a vermelho que se pintava a pele dos homens.
Amarelo (ketj): para criarem o amarelo, os Egípcios recorriam ao óxido de ferro hidratado (limonite). Dado que o sol e o ouro eram amarelos, os Egípcios associaram esta cor à eternidade. As estátuas dos deuses eram feitas a ouro, assim como os objetos funerários do faraó, como as máscaras.
Verde (uadj): era produzido a partir da malaquite do Sinai. Simboliza a regeneração e a vida; a pele do deus Osíris poderia ser também pintada a verde.
Azul (khesebedj): obtido a partir da azurite (carbonato de cobre) ou recorrendo-se ao óxido de cobalto. Estava associado ao rio Nilo e ao céu. preto

Algumas pinturas referiam-se à vida egípcia, como caçadas, pescas e o cultivo da terra, além de mostrar os animais característicos da região, revelando grande poder de observação. Um dado interessante nas pinturas era a extrema importância dada ao colorido.

HIEROGLIFO: símbolos, como uma língua egípcia que, ao invés de letras, são desenhos, escrita mais refinada egípcia utilizada nos monumentos, com sinais da flora e fauna do país.

 Foto: Hieróglifos em alto relevo

Outras características importantes das representações humanas egípcias também já aparecem nessa época, seguindo aLei da Frontalidade:
·         Cabeças e pés vistos de perfil;
·         Olhos mostrados frontalmente;
·         Metade superior dos ombros e tronco de frente;
·         Braços e pernas apresentados por inteiro, de perfil.


A respeito dessas representações contorcidas, elas eram realizadas, por exemplo, a partir dos ângulos que melhor representassem determinada parte do corpo. Assim, a cabeça, braços e pernas são mais facilmente vistos de lado, os pés, melhor vistos de dentro, preferiam o contorno partindo do dedão, o que muitas vezes dava a impressão de dois pés esquerdos. Os olhos, por sua vez, de frente são mais expressivos, bem como a metade superior do tronco, mais nítidas se observadas de frente.
ESCULTURAS ou ESTÁTUAS: Nas tumbas de diversos faraós foram encontradas diversas esculturas do ouro. Os artistas egípcios conheciam muito bem as técnicas de trabalho artístico em ouro. Faziam estatuetas representando deuses e deusas da religião politeísta egípcia. O ouro também era utilizado para fazer máscaras mortuárias que serviam de proteção para o rosto da múmia. Eram consideradas a morada alternativa do ka, em caso do corpo mumificado se deteriorar e não poder hospedá-lo. Feitas para durar eternamente, o material usado era granito ou diorito. Sentadas ou em pé, com poucas partes protuberantes, suas poses eram quase sempre frontais e braços perto do dorso.



A pedra calcária e a madeira eram os principais materiais que as esculturas dessa época eram realizadas. Esculturas em relevo também eram muito comuns. A escultura em relevo servia a dois propósitos fundamentais: glorificar o faraó, feita nos muros dos templos e preparar o espírito em seu caminho até a eternidade, feita nas tumbas.
ARQUITETURA EGÍPCIA

Os egípcios desenvolveram vários conhecimentos matemáticos. Com isso, conseguiram erguer obras que sobrevivem até os dias de hoje. Templos, palácios e pirâmides foram construídos em homenagem aos deuses e aos faraós. Eram grandiosos e imponentes, pois deviam mostrar todo poder do faraó. Eram construídos com blocos de pedra, utilizando-se mão-de-obra escrava para o trabalho pesado. 

A esfinge, com corpo de leão, cabeça e busto de mulher, com 19,8 metros de altura, também dessa época, já demonstra o gosto egípcio por esculturas em larga escala.

Akenaton  faraó reformador radical e artista que proporcionou um afrouxamento temporário das convenções artísticas fizeram uma representação naturalística de sua esposa, Nefertiti.
Ao invés dos vários deuses que sempre governaram a vida egípcia, tentou instituir o culto a um único deus: Aton, que deveria ser representado como um sol. Mudou seu nome para Akhenaton. A arte dessa época, que até então mantinha-se fiel às tradições do passado, foi bastante modificada. Tornou-se menos pesada e mais descritiva.
As representações dos faraós, que mantinham-se praticamente inalteradas desde o começo da história do país, agora eram realizadas de uma maneira menos formal e solene, em poses mais relaxadas. O busto “Rainha Nefertiti“ possui uma graça e fluidez jamais vista na arte egípcia. Após sua morte, o reinado de seu filho Tutancâmon logo restabeleceu as antigas crenças.

Tutankamon, ao morrer aos 19 anos, deixou o maior legado egípcio: sua tumba foi a mais intacta já achada pelos arqueólogos; dentro havia carruagens, camas dobráveis e objetos, tudo feito de ouro. Sua máscara escondia mais 3 camadas de madeira, e depois, a própria múmia.



Após o reinado de Ramsés II (aproximadamente 1200 a.C.), o Egito entra cada vez mais em decadência. Os persas, o exército de Alexandre Magno e posteriormente os romanos acabaram por dominar definitivamente o Egito, que nunca mais teve um período de apogeu tão grande quanto o verificado nessa época histórica.
A MÚSICA EGÍPCIA
A civilização egípcia é uma das mais antigas do mundo. Nas escavações arqueológicas, realizadas em templo, pirâmides e tumbas, foram encontrados baixos-relevos, murais, mosaicos, textos e objetos que atestam atividades musicais de caráter religioso, militar e social, bem como a existência de instrumentos de música, muitos séculos antes da era cristã.
INSTRUMENTOS DE PERCUSSÃO:
CROTALO - consistindo de duas lâminas de madeira ou osso, ligadas parcialmente. Batia-se uma contra a outra, às vezes aos pares - isto é, um crotalo em cada mão. Para fins militares, os crotalos eram feitos de metal.
TAMBORES - de madeira ou de barro cozido, de diversas formas e tamanho. Os instrumentos de sopro, ao que parece, foram tocados somente por mulheres, existiam SAIBIT (flauta simples) e MAIT (flauta dupla), com e sem palhetas. A flauta horizontal (tocada de frente) chamava-se MEME, a transversal SEBI.
INSTRUMENTOS DE CORDAS:
CÍTARA - de origem assíria; sobre uma armação estendem-se duas séries de cordas (5 a 18) tangidas por plectro.
HARPA - originária da Suméria, onde já existiu 3.000 anos A.C.; de diversas formas, pequenas com 3-4 cordas e grandes com 8-20 cordas.
TRÍGONO - harpa portátil de poucas cordas
É provável que a música egípcia se baseasse na escala pentatônica (do grego 5 tons), correspondente aos 5 primeiros graus da nossa escala maior. Dos conjuntos musicais também faziam parte algumas pessoas que somente batiam palmas. No segundo século A.C., surge em Alexandria - a mais adiantada das cidades da época - o órgão hidráulico, inventado pelo célebre Ctesíbio. O mecanismo do instrumento compreendia um jogo de tubos, alavancas ou teclas, destinadas a abrir e fechar as passagens de ar e um pistão, também por alavanca. Parte do mecanismo mergulhava em água para manter a pressão do ar e sua penetração contínua nos tubos.
A LITERATURA NO EGITO
O estudo da literatura do Antigo Egito é relativamente recente quando comparado ao estudo da literatura produzida na Grécia Antiga e em Roma. Esta situação deve-se ao fato de que o conhecimento da antiga língua dos Egípcios só ter sido alcançado em 1822, quando Jean-François Champollion decifrou os hieróglifos egípcios.
A literatura produzida pelos egípcios foi fixada em vários materiais, como ostracas (pequenos pedaços de pedra) e em papiro. Freqüentemente os textos literários que se conhecem hoje em dia resultam da junção de vários excertos que se encontravam dispersos. Os investigadores têm a este respeito dificuldades, que são agravadas quando algumas passagens são de difícil interpretação.
De uma forma geral, as obras eram anônimas, exceto as que pretendiam transmitir algum tipo de ensinamento; neste último caso estavam associadas ao nome de alguma personalidade, como um escriba, vizir ou até mesmo faraó, não sendo possível determinar a autenticidade do alegado autor. O anonimato talvez possa ser explicado em parte devido à existência de uma forte tradição oral; assim, quando alguém fixava uma história por escrito, esse alguém estaria a fixar algo que já fazia parte do patrimônio comum, por ter sido passado de geração em geração.
A ideia de gêneros literários claramente definidos (romance, conto, poesia...) é por vezes de difícil aplicação, pois um mesmo texto pode misturar vários elementos. É possível encontrar uma narrativa na qual a dado momento uma personagem realiza um hino a um deus, orientando o discurso do campo descritivo para o poético.
Referencias Bibliográfica deste Texto:
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_do_Egito

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