EDITORIAL:

O processo de comunicação atual, passou a ser central e prioritário; a tendência delineada para o esse século é um crescimento cada vez mais acelerado da informatização, facilidade e rapidez para acessar informações, substituindo a tecnologia e procedimentos até então considerados suficientes.
As informações e a disponibilidade de divulgação das mesmas entre as pessoas do mundo inteiro tornou-se melhor, imediato através do uso da internet, possibilitando a aproximação não somente de pessoa a pessoa mas a troca imediata de conhecimentos, culturas além de nos manter informados dos acontecimentos que ocorrem no mundo inteiro através de textos, gravuras ou animações.
Portanto, percebe-se que a internet possibilitará divulgação dessas informações para todas as áreas de estudo incluindo aí a HISTÓRIA, com a utilização de seus recursos tanto para obter dados enriquecendo as experiências e aprendizados como também para fazer conhecido os resultados das pesquisas. Uma forma de divulgação cada vez mais utilizada é a REVISTA ELETRÔNICA.
Essa revista é direcionada aos estudantes e professores do curso de História, apostamos numa proposta didática levando em conta uma discussão contemporânea de uma história tão antiga. Assim, o conteúdo expresso neste trabalho deverá cumprir o papel de construir saberes críticos, dinâmicos e problematizadores das noções do senso comum.
Utilizamos como metodologia a consulta bibliográfica de materiais que abordassem o assunto e busca na rede de computação que mostrava as revistas acessíveis pela intenet.
Outra forma de alcançar informações é a interligação através dos links de hipertexto, onde os artigos tem várias palavras e frases "linkadas", ou seja, que remetem diretamente a outros sites na internet, que permitem ao leitor aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto tratado, no nível que desejar.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

ENTREVISTA - Cleópatra: a volta da eterna rainha


A última soberana do Egito abre o jogo. Fala de amor, sedução, política e, claro, segredos de beleza. Naqueles tempos de submissão feminina, Cleópatra representou a anti-Amélia.

Estudandes de História | 12/01/2012 00h00
Cleópatra dispensa apresentações. É, sem dúvida, a mais famosa rainha de todos os tempos, símbolo de beleza, sedução e – como todo mundo sabe – libertinagem. No cinema, foi eternizada por Elizabeth Taylor, em 1963. Coroada aos 18 anos, a última soberana do Egito não era egípcia. E, sim, descendente de uma dinastia grega, os ptolomeus. Nasceu em Alexandria em 69 a.C. e morreu antes de completar 40 anos.
Para manter o Egito nas mãos da família, casou-se com seus dois irmãos mais jovens. O primeiro morreu, e o segundo, ela envenenou. Seu amante mais famoso foi o general romano Júlio César, com quem teve Cesarion. Com o affaire, ela manteve o Egito livre de Roma.

Em suas conquistas, Cleópatra valia-se da textura da pele, da sensualidade e da beleza, aliás questionada por alguns historiadores. Mas a rainha do Egito não era só um rostinho bonito. Era culta como poucas mulheres do seu tempo. Conhecia matemática, astronomia, filosofia, política, e falava nove idiomas.
Três anos após a morte de César, Cleópatra seduziu outro general romano: Marco Antônio. Juntos o novo casal tentou abocanhar os tronos de Roma e do Egito ao mesmo tempo. Não conseguiu. Marco Antônio acabou se suicidando. Cleópatra, para não ser acorrentada pelos romanos, teve o mesmo destino. Deixou-se picar, em seu quarto, por uma cobra-rei ou naja.
Mais de 2000 anos após sua morte, a eterna rainha fala das dores e das delícias de ser uma celebridade mundial. E, claro, dá dicas de beleza e sedução.

História – Há quem diga que sua beleza é um mito. Como então conseguiu seduzir tantos homens?
Cleópatra – Não posso forçar ninguém a me achar linda, mas negar que sou muito interessante ninguém pode.
Interessante?
Sim, interessante – e inteligente. Aliás, conhecimento nunca é suficiente. Por mais linda que a mulher seja, ela não consegue manter um homem por muito tempo sem cultura. Sempre opinei nas ações de César. Me entediaria se tivesse a vida das esposas de Roma. Um tédio.
Mas você não era a esposa dele. Ser amante a incomodava?
No começo, eu nem ligava. Tratava-se de interesse político. Eu não poderia deixar o Egito nas mãos do meu irmão mais novo e planejei seduzir César para conseguir o trono. Depois me envolvi, tive medo, insegurança, eu era muito jovem.
Como aprendeu a arte da sedução?
Eu não tinha mãe ou pai. A pessoa mais próxima era meu conselheiro. Mas não poderia perguntar a um eunuco como seduzir um homem como o grande general.
E então...
Simples: ordenei que trouxessem até mim uma hetaíra, uma cortesã. Ela me deu boas demonstrações, que pus em prática no primeiro momento com César. Me senti pequena demais diante daquele homem. Com o tempo fui ficando mais segura. Consegui me soltar, tomar a iniciativa e dominar a situação na cama. Os homens adoram isso.
Você era muito vaidosa?
Como toda mulher é ou deveria ser.
Algum segredo?
Os óleos deixam a pele macia e muito atraente. Com o sol forte do Egito, era preciso um cuidado especial. Eu recebia massagens com diversos óleos diariamente e tomava banhos de leite de jumenta.
Que ficaram muito famosos...
Não é preciso ser rainha para saber o que é bom, não é? (risos).
Você sabe que a maquiagem se originou do kohl negro, que você usava para pintar os olhos?
Sim. Às vezes, eu usava o pó de malaquita, um kohl verde. Essa pintura deixava os olhos lindos e os protegia do excesso de claridade. Hoje, vocês têm facilidades que a gente não tinha naquela época, além da enorme variação de produtos. Esse tal demaquilante de olhos deve ser tudo.
E suas roupas? Você tinha alguém que se preocupava especialmente com sua apresentação?
Quando governei, não existia ainda o conceito de moda. Era tudo muito parecido, não era possível ter exclusividade. O que diferenciava as mulheres nobres eram os tecidos, de muito mais qualidade.
Eram importados?
Imagina! O linho e o algodão são típicos de locais quentes e o Egito produz os melhores, até hoje.
E para os cabelos, havia algum segredo?
Que cabelo? O piolho foi uma praga do Deus hebreu e tivemos de depilar todo o corpo para não propagar a desgraça. Chegamos a usar cera de abelha no alto da cabeça para espantar as moscas, outra praga divina. Eu era careca.
Mas a sua franja foi eternizada por Elizabeth Taylor no filme Cleópatra...
Mas era filme. Ouvi dizer que essa atriz só usou o que quis durante as filmagens. Foi tratada como rainha.
A brasileira Alessandra Negrini viveu Cleópatra no cinema.
Li alguma coisa a respeito, mas não conheço o trabalho dela. Vc teria uma cópia do filme? É bom para matar a saudade.
Ninguém tem prova, mas os comentários sobre você ter mantido relações sexuais com um exército inteiro de Roma duram até hoje. É verdade?
(séria) Demorou para você tocar neste assunto. Só tenho a dizer que fui casada de verdade com dois homens: Júlio César e Marco Antônio. Amei e estive ao lado dos dois até o último suspiro. E não falo mais nada sobre a minha vida pessoal.
Mas os comentários têm fundamento?
Ou mudamos de assunto ou terminamos a entrevista por aqui. O que você prefere?
Ok, que tal falarmos sobre Júlio César? Ele também nos deu uma entrevista, você leu?
Infelizmente a edição esgotou, mas tenho certeza que deve ter sido maravilhosa. Ele era um grande homem. Muito inteligente.
Ele era muito mais velho que você. Isso não atrapalhou?
Júlio foi meu primeiro homem e pai de Cesarion. Isso é mais importante em uma relação do que a diferença de idade. Antônio também era mais velho. Apenas uns dez anos, mas era mais velho.
Então sempre gostou de homens mais velhos?
Homens interessantes, com garra e determinação. A idade não importa.
Talvez o assunto não lhe agrade, mas com essa pergunta encerramos a entrevista. Você sentiu medo ao ver a cobra saindo do cesto de frutos na noite em que foi picada e morta?
(pensativa) Não. Sei que o poder tem o seu preço. Um preço alto, diga-se. Eu poderia ter escolhido o suicídio, como fez Antônio, mas jamais deixaria Otaviano executar meus filhos por isso. Posso ter fama de rainha louca, libertina e perversa, o que não vou discutir, mas sempre fui uma mãe muito zelosa com o futuro dos meus filhos. E mais preocupada ainda com o destino do meu povo.


Saiba mais

Livro
Quando Éramos Deuses, Colin Falconer, Record, 2004 - Um romance sobre a vida amorosa e política de Cleópatra.

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