EDITORIAL:

O processo de comunicação atual, passou a ser central e prioritário; a tendência delineada para o esse século é um crescimento cada vez mais acelerado da informatização, facilidade e rapidez para acessar informações, substituindo a tecnologia e procedimentos até então considerados suficientes.
As informações e a disponibilidade de divulgação das mesmas entre as pessoas do mundo inteiro tornou-se melhor, imediato através do uso da internet, possibilitando a aproximação não somente de pessoa a pessoa mas a troca imediata de conhecimentos, culturas além de nos manter informados dos acontecimentos que ocorrem no mundo inteiro através de textos, gravuras ou animações.
Portanto, percebe-se que a internet possibilitará divulgação dessas informações para todas as áreas de estudo incluindo aí a HISTÓRIA, com a utilização de seus recursos tanto para obter dados enriquecendo as experiências e aprendizados como também para fazer conhecido os resultados das pesquisas. Uma forma de divulgação cada vez mais utilizada é a REVISTA ELETRÔNICA.
Essa revista é direcionada aos estudantes e professores do curso de História, apostamos numa proposta didática levando em conta uma discussão contemporânea de uma história tão antiga. Assim, o conteúdo expresso neste trabalho deverá cumprir o papel de construir saberes críticos, dinâmicos e problematizadores das noções do senso comum.
Utilizamos como metodologia a consulta bibliográfica de materiais que abordassem o assunto e busca na rede de computação que mostrava as revistas acessíveis pela intenet.
Outra forma de alcançar informações é a interligação através dos links de hipertexto, onde os artigos tem várias palavras e frases "linkadas", ou seja, que remetem diretamente a outros sites na internet, que permitem ao leitor aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto tratado, no nível que desejar.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

ECONOMIA

A economia do Antigo Egito era baseada na agricultura, no entanto outras atividades como pecuária, caça, pesca, artesanato, comércio e extração mineral também foram importantes.

Agricultura


Pintura mural de um túmulo retratando trabalhadores arando os campos, a colheita das culturas e a debulha de cereais sob a direção de um supervisor.

Uma combinação de características geográficas favoráveis contribuiu para o sucesso da cultura egípcia, a mais importante das quais era o solo fértil resultante de enchentes anuais do Nilo. Os antigos egípcios foram, assim, capazes de produzir alimentos em abundância, permitindo que a população dedicasse mais tempo e recursos a atividades culturais, tecnológicas e artísticas. A gestão da terra foi crucial no Antigo Egito, porque os impostos foram avaliados com base na quantidade de terras em posse de uma pessoa. Em teoria todas as terras pertenciam ao rei, mas a propriedade privada foi uma realidade.
A agricultura no Egito foi dependente do ciclo do Rio Nilo. Os egípcios reconheceram três estações: Akhet (inundação), Peret (plantio) e Shemu (colheita). A estação chuvosa dura de julho a outubro, depositando nas margens do Nilo uma camada de lodo rico em minerais para o cultivo. Após a redução do nível do rio, a estação de plantio ia de novembro a fevereiro. Agricultores aravam a terra com arados puxados por bois e plantavam as sementes, que eram irrigadas por intermédio de sistemas de diques e canais. O Egito recebia pouca chuva, pelo que os agricultores se baseavam no Nilo para regar as culturas. De março a junho, os agricultores usavam foices para suas colheitas, que eram depois debulhadas com um mangual ou com as patas dos bois para separar a palha do grão. Os grãos eram usados para fabricar cerveja ou armazenados em sacas nos celeiros reais para posterior distribuição..Os antigos egípcios cultivaram trigo e cevada e vários outros cereais, todos usados para produção de pão, biscoitos, bolos e cerveja. O linho, arrancado antes da floração, foi cultivado para extração da fibra de seu caule. Estas fibras eram divididas juntas e eram usadas para tecer lençóis de linho e para fazer roupa. O papiro que cresce nas margens do Nilo era usado para fazer papel. Legumes e frutas foram cultivadas em hortas perto das casas em solo elevado, e tiveram de ser regadas com a mão. Uvas foram transformadas em vinho. Ainda foram plantados algodão, favas, alface, grão-de-bico, azeitonas, gergelim, pepinos, jujubas, alfarrobas, cebolas,alho-poro, tomilhos, maçãs, papoulas, alecrim, orégano, mirto,figos,tâmaras, lentilhas, feijão, melancias, melões,romã,laranjas, bananas, limões, pêssegos etc.


Criação animal

Detalhe de pintura mural no túmulo do funcionário Sennedjem (XIX dinastia), c.1 200 a.C.
Os egípcios acreditavam que uma relação equilibrada entre pessoas e animais era um elemento essencial da ordem cósmica e que, por conseguinte os animais e plantas eram membros de um todo.Animais, tanto domésticos como selvagens, foram, portanto, uma fonte essencial de espiritualidade, companheirismo, e sustento. Os bovinos foram os animais mais importantes; a administração coletava impostos sobre o gado nos censos regulares, e o tamanho de um rebanho refletia o prestígio e a importância da propriedade ou do templo que o possuía. Além do gado, os antigos egípcios apascentavam caprinos, ovinos e suínos. Aves como patos,gansos e pombos eram capturados em redes e criados em fazendas, onde eram alimentados à força com massa para engordá-los. As abelhas também foram domesticadas, pelo menos desde o Império Antigo, e forneciam tanto mel como cera. Também foram domesticados hienas e guepardos para a caça.
Os egípcios usavam burros e bois como animais de carga, e foram responsáveis por lavrar os campos e debulhar as sementes do solo. O abate de um boi gordo, era também uma parte central de um ritual de oferenda. Os cavalos foram introduzidos pelos hicsos no Segundo Período Intermediário, e o camelo, apesar de ser conhecido a partir do Império Novo, não foi usado como um animal de carga até à Época Baixa. Há também evidências que sugerem que os elefantes foram brevemente utilizados na Época Baixa, mas praticamente foram abandonados devido à falta de pastagens. Cães, gatos e macacos eram animais comuns de estimação, enquanto animais de estimação mais exóticos importados a partir do coração da África, como leões, estavam reservados para a realeza. Heródoto observou que os egípcios foram os únicos a manter seus animais com eles em suas casas. Durante o período pré-dinástico e nos períodos posteriores, o culto dos deuses em sua forma animal era extremamente popular, como a deusa gato Baster e o deus íbis Thoth, e esse animais foram criados em grande número nas fazendas a fim de serem sacrificados.
Os egípcios foram muito ativos nas suas tentativas de domesticação de animais (...). Chegavam a experimentar hienas, antílopes, gruas e pelicanos! O gado maior - bois, asnos, (...) - servia em primeiro lugar para puxar o arado, para separar os grãos da palha e para o transporte. O cavalo era usado para puxar carros, e não montado. Vacas e bois eram usados também para a alimentação (carne, leite) e sacrificados aos deuses. (...) O gado menor compreendia ovelhas, cabras e porcos. (...) - Ciro Flamarion S. Cardoso. O Egito Antigo. São Paulo, Brasiliense, 1986.

Caça e pesca

Os egípcios caçavam lebres, antílopes, hipopótamos e crocodilos. O Nilo proporcionou uma fonte abundante de peixes, onde eles pescavam carpa, pescada e tilápia.
A agricultura e a criação eram complementadas pela pesca (...), praticada no Nilo, nos pântanos e nos canais com rede, anzol, nassa e arpão. Boa parte dos peixes era secado ao sol. Também a caça era praticada no deserto e nos pântanos, usando-se para tal o cão, o arco e o laço, e capturando-se aves selvagens com redes. -Ciro Flamarion S. Cardoso. O Egito Antigo. São Paulo, Brasiliense, 1986.

Artesanato

Jóias, tecidos, móveis, armas, perfumes, objetos decorativos, estátuas votivas e reais, objetos de uso doméstico, etc. são alguns dos exemplos de produtos fabricados. As matérias-primas empregadas for argila, pedras, marfim, madeira e metais.


A atividade artesanal desenvolvia-se, em primeiro lugar, em função das matérias-primas fornecidas pelo rio e pelas atividades agrícolas e de coleta: fabricação de tijolos e de vasilhame com argila úmida do Nilo, recolhida logo depois da inundação; fabricação de pão e da cerveja de cereais; produção de vinho de uva e de tâmara; fiação e tecelagem do linho; indústrias de couro; utilização do papiro e da madeira para produções diversas (material para escrever, cordas, redes, embarcações, móveis, portas etc).
(...) O artesanato egípcio organizava-se em dois níveis. Nas proximidades rurais e nas aldeias existiam oficinas que produziam tecidos grosseiros, vasilhas utilitárias, tijolos, artigos de couro, produtos alimentícios (pão, cerveja) etc. Já o artesanato de luxo, de alta especialização e qualidade excepcional - ourivesaria, metalurgia, fabricação de vasos de pedra dura ou alabastro, faiança, móveis, tecidos finos, barcos, pintura e escultura etc., concentrava-se em oficinas mais importantes, pertencentes aos reis e aos templos. (...) -Ciro Flamarion S. Cardoso. O Egito Antigo. São Paulo, Brasiliense, 1986.

Mineração

O Egito é rico em pedras de decoração e construção, cobre e minérios de chumbo, ouro e pedras semipreciosas. Estes recursos naturais permitiram aos egípcios construir monumentos, esculpir estátuas, fazer ferramentas e jóias. Os embalsamadores utilizavam sais de Wadi El Natrum (natrão) para mumificação, que também proporcionou a gipsita necessária para fazer gesso. Formações rochosas de minérios foram encontradas a distância, em barrancos inóspitos do Deserto Oriental e no Sinai, exigindo grandes expedições controladas pelo Estado para obter os recursos naturais ali encontrados. Havia extensas minas de ouro na Núbia, e um dos primeiros mapas conhecidos é de uma mina de ouro na região. Wadi Hammamat foi uma notável fonte de granito, grau vaque e ouro. Sílex foi o primeiro mineral coletado e usado para fazer ferramentas e machadinhas de pedra e as primeiras evidências de habitação no Vale do Nilo. Nódulos do mineral eram cuidadosamente lascados para fazer lâminas e pontas de flechas, mesmo depois do cobre ser usado para essa finalidade.
Os egípcios trabalharam em depósitos de minério de chumbo e galena em Gebel Rosas para fazer chumbo líquido, prumo e pequenas figuras. O cobre foi o material mais importante para a fabricação de ferramentas no Antigo Egito e foi fundido em fornos de minério de mala quita e turquesa extraída do Sinai. Trabalhadores coletaram através da lavagem de ouro, pepitas de sedimentos em depósitos aluviais, ou pelo processo mais trabalhoso de moagem e lavagem de quartzito de ouro. Depósitos de ferro encontrados no norte do Egito, foram utilizados na Época Baixa. Pedras de construção de alta qualidade eram abundantes no Egito; os antigos egípcios conseguiram calcário ao longo do Vale do Nilo, granito de Assuão,basalto e arenito dos barrancos do Deserto Oriental. Depósitos de pedras decorativas, tais como pórfiro, quartzo, feldspato verde, ágata ,grau vaque, alabastro e cornalina dos desertos oriental e ocidental foram coletadas antes mesmo da primeira dinastia. Nos período ptolomaico e romano, os mineiros trabalharam em jazidas de esmeraldas de Wadi Sikait e ametista em Wadi el-Hudi.



Comércio


 Grande parte da economia estava organizada a nível central estritamente controlado. Embora os antigos egípcios não utilizassem moedas até a Época Baixa, eles fizeram uso de um sistema de troca monetária, com sacas de grãos como o valor padrão e o deben, um peso de cerca de 91 gramas (3 oz) de cobre ou prata, formando um denominador comum. Os trabalhadores foram pagos com grãos; um simples operário podia ganhar 5½ sacas (250 kg ou 400 lb) de grãos por mês, enquanto um capataz podia ganhar 7½ sacas (250 kg ou 550 lb). Os preços foram fixados em todo o país e registrados em listas para facilitar a negociação; por exemplo, uma camisa custa cinco deben de cobre, enquanto uma vaca custa 140 deben. Grãos podiam ser trocados por outras mercadorias, de acordo com a lista de preço fixo. Durante o século V a.C. o dinheiro foi introduzido no Egito por estrangeiros. As primeiras moedas eram usadas como peças padronizadas de metais preciosos e não como dinheiro propriamente dito, mas nos séculos seguintes trocas internacionais passaram a depender das moedas.
Os antigos egípcios estiveram envolvidos no comércio com os povos vizinhos para obter mercadorias raras e exóticas não encontradas no Egito. No período pré-dinástico, estabeleceram o comércio com a Núbia para a obtenção de ouro,plumas de avestruz, peles de leopardo, incenso e marfim. Eles também estabeleceram o comércio com a Palestina, como evidenciado por jarros de óleos de estilo palestino encontrados nas sepulturas dos faraós da primeira dinastia. Uma colônia egípcia fundada no sul de Canaã data para pouco antes da primeira dinastia. Narmer havia produzido cerâmica egípcia em Canaã e exportou de volta para o Egito.
Em meados da segunda dinastia, o comércio do Antigo Egito com Biblos rendeu um intenso comércio de madeira de boa qualidade não encontrada no Egito. Pela quinta dinastia, o comércio com Punt abasteceu o Egito com ouro, resinas aromáticas, ébano, marfim e animais silvestres, como macacos e babuínos. O Egito realizou comércio com a Anatólia para adquirir quantidades essenciais de estanho bem como para o fornecimento suplementar de cobre, dois metais que são necessários para a fabricação de bronze. Os antigos egípcios valorizaram a pedra azul lápis-lazúli, que tinha de ser importada do Afeganistão. Os parceiros do Egito no comércio Mediterrâneo também incluem Creta e a Grécia, que forneciam, entre outras mercadorias, suprimentos de azeite. Em troca de suas importações de luxo e de matérias-primas, o Egito exportava principalmente grãos, ouro, linho e papiro, além de outros produtos acabados, incluindo objetos de vidro e pedra.




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