EDITORIAL:

O processo de comunicação atual, passou a ser central e prioritário; a tendência delineada para o esse século é um crescimento cada vez mais acelerado da informatização, facilidade e rapidez para acessar informações, substituindo a tecnologia e procedimentos até então considerados suficientes.
As informações e a disponibilidade de divulgação das mesmas entre as pessoas do mundo inteiro tornou-se melhor, imediato através do uso da internet, possibilitando a aproximação não somente de pessoa a pessoa mas a troca imediata de conhecimentos, culturas além de nos manter informados dos acontecimentos que ocorrem no mundo inteiro através de textos, gravuras ou animações.
Portanto, percebe-se que a internet possibilitará divulgação dessas informações para todas as áreas de estudo incluindo aí a HISTÓRIA, com a utilização de seus recursos tanto para obter dados enriquecendo as experiências e aprendizados como também para fazer conhecido os resultados das pesquisas. Uma forma de divulgação cada vez mais utilizada é a REVISTA ELETRÔNICA.
Essa revista é direcionada aos estudantes e professores do curso de História, apostamos numa proposta didática levando em conta uma discussão contemporânea de uma história tão antiga. Assim, o conteúdo expresso neste trabalho deverá cumprir o papel de construir saberes críticos, dinâmicos e problematizadores das noções do senso comum.
Utilizamos como metodologia a consulta bibliográfica de materiais que abordassem o assunto e busca na rede de computação que mostrava as revistas acessíveis pela intenet.
Outra forma de alcançar informações é a interligação através dos links de hipertexto, onde os artigos tem várias palavras e frases "linkadas", ou seja, que remetem diretamente a outros sites na internet, que permitem ao leitor aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto tratado, no nível que desejar.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

GASTRONOMIA - Antiga cozinha Egípcia


 A cozinha do antigo Egito, por mais de 3 000 anos manteve traços consistentes. O alimento dos egípcios pobres e ricos eram o pão e a cerveja, muitas vezes acompanhada de cebola, legumes, carne em menor quantidade, caça e peixe.


A base da alimentação dessa civilização constituía-se de trigo, cevada e pão acrescidos de vegetais como a cebola, fava e lentilha, leite, queijo e uma grande variedade de peixe. A bebida consumida em quase todas as refeições era a cerveja. O dia era composto de três refeições, sendo a primeira com frutos; a do meio do dia era geralmente realizada fora do lar, com carnes, pão, vinho, cerveja e frutas; e a terceira refeição (considerada como sendo a principal), ocorria ao final da tarde e tinha a carne de ganso assada como prato preferido. 
Trigo

Pães e bolos eram preparados nas casas das pessoas ricas e também nos templos, o que incluia a moagem dos grãos. É possível, entretanto, que moleiros e padeiros independentes trabalhassem para atender as pessoas humildes. A panificação era um trabalho conjunto de homens e mulheres.

Alguns peixes eram comidos crus e secos ao sol ou postos em salmoura. Entretanto, várias outras espécies eram comidas assadas ou cozidas. Uma vez pescados, os peixes eram estendidos no solo, abertos e postos a secar. Visando a preparação do escabeche, eram separadas as ovas dos mugens. Mais uma vez um papiro cita a quantidade de peixes doados a três templos: 441 mil. Os templos recebiam não apenas peixes frescos, mas também secos.
Dentre os alimentos disponíveis estavam frutas como figo, tâmara, pomo (fruto carnudo composto de paredes espessas do cálice que envolve um ou mais carpelos, tal como maçã, pêra, marmelo), romãs, amêndoas e outros. A chufa (planta chamada de amêndoa, pois ao ser esmagada produz um líquido com sabor característico) era o alimento predileto. 

Pomo

Romã

Chufa
Também se cultivava cogumelo, repolho e ervilhas secas. Como condimentos, o alho e o açafrão eram amplamente utilizados, sendo o açafrão encontrado em muitas pinturas como oferenda ao deus Sol. Com relação ao leite, este deveria ser acondicionado em um vaso específico ornamentado com desenho na face externa. Cabe ressaltar que às mães resguardava a tarefa de amamentar em especial os filhos varões, e também lhes levar pão e cerveja enquanto eram educados na casa dos tutores. 

Açafrão
Pintura mural de um túmulo retratando trabalhadores arando os campos, a colheita das culturas e a debulha de cereais sob a direção de um supervisor.
Cerveja
O pão levedado foi inventado no Egito

Durante a antiguidade, a divisão do trabalho no Egito era de acordo com o gênero, cabendo aos homens a tarefa de trabalhar no campo, enquanto às mulheres deveriam despender seu tempo na confecção de artefatos domésticos. Como exemplos de utensílios utilizados na cozinha estão: cestos, pratos individuais, espetos de metal, colheres e copos de bronze. 

Para os egípcios, a idéia de paraíso era como a de um campo de alimentação farto. Desse modo, adicionavam aos mortos o grão de uma planta chamada painço, por acreditarem que aquele que chegasse ao céu mereceria ter algo para comer. É importante destacar que muitos, por viverem em escassez de recursos financeiros, materiais, e até mesmo em situação de fome, desejavam após a morte, irem para o céu, lugar em que não passariam fome outra vez.


Retratando um pouco a alimentação no universo que permeava a figura do faraó, pode-se dizer que havia muita fartura. Havia todos os tipos de iguarias para serem consumidas o quanto bastasse: vinho, cerveja, mel, carne-seca, gordura animal, aves e azeite. Em comparação, o povo simples (em especial os camponeses) sofria com os efeitos da fome, bastando uma cheia repentina do rio ou o surgimento de uma crise política para assolá-los. Os itens presentes no cardápio dessa camada da população dita “povo simples” continham diferentes variedades de pão e uma cerveja muito energética chamada henequet.

A moral sempre esteve à mesa do povo egípcio. Comportar-se de modo sóbrio em relação aos prazeres da mesa era garantia de ordem social. Dentro disso estão envolvidas questões como respeito pela hierarquia (base do sistema social nessa época) e religião (que também impunha seus tabus).

Nos dias atuais, a alimentação dos descendentes dessa civilização continua sendo o pão e alguns alimentos como a lentilha e cebola, as quais compõem um prato típico do Egito – o “ensopado de ervilhas”, servido com cereal cozido e azeite de olivas. Influências como as advindas da culinária grega, italiana, árabe, turca e francesa, permitem uma ampla variedade de receitas e sabores. Entretanto, o doce preferido atualmente tem como ingrediente principal a amêndoa – muito consumida desde a antiguidade –, compondo iguarias como o kanafa (patê de amêndoas) e baklama (bolo de amêndoas). Há também o kebab, feito de carne de frango ou carneiro servida em um espetinho, que nos tempos dos faraós era consumido apenas uma vez ao ano.


Como curiosidade, a primeira prescrição dietética de que se tem relato está no papiro de Ebers datado de 3400a.C. Tal documento traz os dizeres: “por isso foram instalados postos com suas funções atribuídas para fornecer nutrição e todos os alimentos... Tudo tem que ser obtido dos mesmos, alimento, nutrição ou gêneros para os deuses e tudo que for bom para satisfazer suas necessidades alimentares”.

Referências

Agência de Notícias Brasil-Árabe. Disponível em: <http://www.anba.com.br/>.


Discovery Channel. Disponível em: <http://www.discoverybrasil.com/egito/brasil_dc_egito_home/>.

Egito Turismo. Disponível em: <http://www.egito-turismo.com/>.

Gastronomia e negócios. Disponível em: <http://gastronomiaenegocios.uol.com.br
/artigosecolunas_ver.php?idMateria=448>.


Michaelis. In: Universo OnLine.

Ornellas LH. A alimentação através dos tempos. 3ª. ed; Florianópolis: UFSC; 2003.

Tallet P. História da cozinha faraônica: a alimentação no Egito Antigo. São Paulo: Senac; 2005.

3 comentários:

  1. obrigado. Me ajudou muito, mas ainda falta muita informação.

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  2. Vocês deveriam botar exemplos de pratos! Porque eu já tô careca de saber os ingredientes mais utilizados.

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