EDITORIAL:

O processo de comunicação atual, passou a ser central e prioritário; a tendência delineada para o esse século é um crescimento cada vez mais acelerado da informatização, facilidade e rapidez para acessar informações, substituindo a tecnologia e procedimentos até então considerados suficientes.
As informações e a disponibilidade de divulgação das mesmas entre as pessoas do mundo inteiro tornou-se melhor, imediato através do uso da internet, possibilitando a aproximação não somente de pessoa a pessoa mas a troca imediata de conhecimentos, culturas além de nos manter informados dos acontecimentos que ocorrem no mundo inteiro através de textos, gravuras ou animações.
Portanto, percebe-se que a internet possibilitará divulgação dessas informações para todas as áreas de estudo incluindo aí a HISTÓRIA, com a utilização de seus recursos tanto para obter dados enriquecendo as experiências e aprendizados como também para fazer conhecido os resultados das pesquisas. Uma forma de divulgação cada vez mais utilizada é a REVISTA ELETRÔNICA.
Essa revista é direcionada aos estudantes e professores do curso de História, apostamos numa proposta didática levando em conta uma discussão contemporânea de uma história tão antiga. Assim, o conteúdo expresso neste trabalho deverá cumprir o papel de construir saberes críticos, dinâmicos e problematizadores das noções do senso comum.
Utilizamos como metodologia a consulta bibliográfica de materiais que abordassem o assunto e busca na rede de computação que mostrava as revistas acessíveis pela intenet.
Outra forma de alcançar informações é a interligação através dos links de hipertexto, onde os artigos tem várias palavras e frases "linkadas", ou seja, que remetem diretamente a outros sites na internet, que permitem ao leitor aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto tratado, no nível que desejar.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

CELEBRIDADES - Hatshepsut, Nefertiti e Cleópatra


Dentre as diversas notícias sobre as várias celebridades do Egito Antigo, algumas sobressaem, como por exemplo  a hipótese de que Cleópatra seria uma filha bastarda,  ou mesmo da mulher que se considerava Faraó, título dado apenas aos Reis Egípcios, ela vestia-se como homem  e usava barba postiça, estamos falando da Rainha Hatshepsut, que teria dado um golpe e tomado o poder do seu enteado Thutmois  III,  esse por sua vez,  em vingança teria apagado todos os vestígios que conservassem a sua memória, também temos o caso da Rainha Nefertiti  cujo nome significa “a mais bela chegou” esposa de Akhenaton, foi este Faraó que substituiu o culto politeísta (crença em vários deuses) pelo monoteísmo (culto a apenas um Deus), a respeito dela, dizem que governou o Egito durante dois anos, após a morte de seu marido, morreu aos  trinta e cinco anos de idade (1.380 a.C – 1.345 a.c)  e sua morte também é um mistério, acredita-se que tenha sido assassinada pelos sacerdotes,  estes defensores do politeísmo  uma vez que  a Rainha seguiu o atonismo imposto pelo marido ... Na reportagem abaixo vocês vão ter a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a vida social, familiar e amorosa dessas mulheres tão importantes e polêmicas.

Hatshepsut

Hatshepsut pode ter sido a primeira mulher que governou como um Faraó na 18a. Dinastia. Seu reinado foi por cerca de 22 anos de prosperidade e relativa paz. Nascida na cidade de Tebas, era filha mais velha de Tutmés I e a Rainha Ahmose. Quando o seu pai morreu Hatshepsut teria cerca de quinze anos (para alguns egiptólogos teria vinte anos). Casou com seu meio-irmão, Tutmés II, seguindo um costume que existia no Antigo Egito que consistia em membros da família real casarem entre si. Após a morte de Tutmés II, cujo reinado é pouco conhecido, o enteado de Hatshepsut, Tutmés III, era ainda uma criança que não estava apta a governar. Por esta razão Hatchepsut, na qualidade de grande esposa real do rei Tutmés II, assumiu o poder como regente na menoridade de Tutmés III. Mais tarde, Hatchepsut decidiu assumir a dignidade de faraó. Mais poderosa que Nefertiti e Cleopatra, seu poder e influência foram além das fronteiras do Egito, vestia-se como rei e usava uma barba falsa, sendo tudo inédito para o povo egipcio: uma mulher faraó, roupas masculinas, barbas e fez a economia florescer. Construiu templos magníficos e como já dito, expandiu as fronteiras de seu império. Ela proporcionou as mulheres autorização de propriedade e para os cargos de oficial. Elas receberam direitos de herança dos familiares falecidos e foram autorizadas a apresentar seus casos no tribunal. As mulheres do antigo Egito tinham mais liberdade, ao contrário de outras culturas antigas como a Grécia, onde as mulheres deveriam ficar em casa. Hatshepsut foi uma mulher muito original e inteligente. Ela usou várias estratégias para legitimar sua posição como faraó. Não só ela anunciar-se como faraó e fabricar uma co-regência com seu pai (Tutmés I), mas ela também tentou fazer-se mais endeusada pela invenção de histórias com o apego aos deuses. Ela fez isso, fazendo parecer como se os deuses tinha falado com ela e sua mãe, enquanto ela ainda estava no seu ventre. Hatshepsut enganou seus súditos e para o público inculto, indicando que Amon-Ra tinha visitado a mãe grávida no templo de Deir el-Bahri, no Vale dos Reis.
Havia muitas figuras proeminentes durante o seu reinado,mas, sem dúvida uma foi importante, Senenmut que nasceu de uma família humilde de Armant. Ele chegou a ser conhecido como o porta-voz de Hatshepsut e mordomo da família real. Além disso, ele era conhecido como superintendente das construções do deus Amon. Durante os últimos anos, Hatshepsut tinha instalado obeliscos no templo de Amon-Rá em Karnak. Senenmut supervisionou o transporte e montagem dos obeliscos, bem como o templo mortuário que foi construída para Hatshepsut em Deir el-Bahri. Parece que ele deve ter sido muito bem defendido pela rainha pois tinha uma tumba separada construída perto da tumba de Hatshepsut para si. Ele tinha essa segunda tumba cavada na frente do túmulo da rainha Hatshepsut, apesar de possuir uma outra tumba em xeque Abd el-Qurna. Durante o reinado de Hatshepsut, fofocas (a língua do povo ... isso não muda!) diziam que a fortuna de Senenmut era resultado de suas relações íntimas com a rainha. Para adicionar a esta conclusão, foi ainda alimentada pelo fato de que ele desempenhou um grande papel na educação dos Neferure Hatshepsut única filha da Rainha Faraó. Seu irmão, Senimen, também atuou como enfermeiro e um administrador para Neferure e isso causou mais boatos desenfreados. Diversas estátuas foram encontradas associando Senenmut Neferure com a princesa.
A história mostra que Senenmut era uma figura proeminente durante três quartos do reinado de Hatshepsut e possivelmente depois da morte de Neferure (parece que ela morreu por volta do ano 11 do reinado de Hatshepsut). A história também mostra que a construção do famoso templo de Deir el-Bahri foi provavelmente iniciado por Tutmés II e mais tarde acabou por rainha Hatshepsut. As paredes do templo retratam conquistas importantes, como a expedição de Punt, perto do Mar Vermelho. Esta expedição comercial trouxe muitas riquezas para o país.
A morte de Hatshepsut permanece um mistério. Parece que ela reinou por quinze anos e seu enteado, assumiu o trono depois de seu desaparecimento. Acredita-se também que o ódio de sua madrasta empurrou-o para apagar a memória de existência, e todas as representações da Rainha. Ela parece ter tido mais medo do anonimato do que da morte. Ela foi uma das maiores construtoras de uma das mais importantes dinastias egípcias. Ela levantou e renovou templos e santuários do Sinai até a Núbia. Os quatro obeliscos de granito que ela ergueu no vasto templo do grande deus Amon em Karnak estavam entre as obras mais magníficas já construídas. Ela encomendou centenas de estátuas de si mesma e deixou as contas em pedra de sua linhagem, seus títulos, sua história, reais e inventadas, até mesmo seus pensamentos e esperanças, que às vezes ela confidenciou com franqueza incomum. Expressões de preocupação Hatshepsut gravado em um de seus obeliscos em Karnak ainda ressoam com uma quase charmosa insegurança: "Agora meu coração acha que desta forma as pessoas vão dizer quando olharem meus monumentos nos anos vindouros que eu realizei algo"


Nefertiti

Nascida no ano de 1380 a.C., Nefertiti, cujo nome significa ‘a mais bela chegou’, foi uma rainha egípcia da XVIII dinastia que se tornou notável por ser a esposa do faraó Amenhotep IV, conhecido como Akhenaton, responsável por substituir o culto politeísta pela reverência a um deus único, o rei-sol Aton.
Com Akhenaton, Nefertiti teve seis filhas entre os nove anos de reinado do marido. São elas: Meritaton, Meketaton, Ankhesenpaaton, Neferneferuaton, Neferneferuré e Setepenré. Porém, ao longo do reinado egípcio de Akhenaton, três de suas filhas sucumbiram com o alastramento de uma peste da malária, que era conhecida como “doença mágica” por seu poder de devastação. Mais uma das filhas do casal, Meketaton, morreria cedo em decorrência de um afogamento acidental.
Apesar de ser um símbolo de beleza fascinante mesmo na atualidade, pouco se sabe sobre a vida de Nefertiti. Ela teve uma irmã que se chamava Mutnedjemet e foi criada pela ama Tiy, que era casada com um funcionário da nobre corte, até conhecer e casar-se muito jovem com o faraó Akhenaton.
A rainha teve grande importância na disseminação do culto monoteísta junto ao seu marido, pois era uma das únicas que podia reverenciar e interceder diretamente com o rei-sol Athon. No reinado de Akhenaton, o faraó e a rainha eram responsáveis pela realização dos cultos e eram figuras representativas dessa divindade, fortalecendo os laços com a população.
Por sua grande popularidade, alguns historiadores defendem a tese de que Nefertiti tenha sido alvo de assassinato de alguns sacerdotes que defendiam o politeísmo. Outros especialistas, ainda, acreditam que ela tenha se tornado co-regente de Akhenaton, acumulando mais poder. Essa última tese é levantada graças a uma imagem em bloco de pedra onde a rainha aparece golpeando um inimigo com uma maça, remetendo à ideia de força.
Entretanto, sabe-se que após o término do reinado de seu marido, Nefertiti sumiu misteriosamente, pois poucas escrituras e imagens retratam esse período de sua vida. Alguns arqueólogos estimam que ela tenha morrido no ano de 1345 a.C.
Em dezembro de 1912, os alemães acharam em sua terra natal uma escultura que identificaram como o ‘busto de Nefertiti’, obra que tornou-se a principal referência estética de sua beleza e austeridade que marcou o período do Egito Antigo. Atualmente, a obra pertence ao Museu de Berlim, na Alemanha.


Cleópatra

FRATRICIDA
Cleópatra na visão do pintor francês Alexandre Cabanel: ela mata o irmão para subir ao poder

Cleópatra, a fascinante rainha do Egito, não era linda. Nem sequer bonita. Era quase feia. Tinha um nariz adunco e grande e os cabelos cacheados, bem diferentes de sua pública marca registrada, a franja e os fios longos e lisos. Mas, sim, era extremamente sedutora e “escravizou” vários homens, entre os quais dois dos mais poderosos de seu tempo, o general romano Júlio César e seu protegido e sucessor, Marco Antônio. Era, na verdade, um genuíno ser político. Poder era o seu afrodisíaco. Ao longo dos tempos, seu nome costuma ser ornamentado com apostos como traidora, ardilosa, assassina, irascível, falsa, astuta, esperta, ávida, ambiciosa, etc. Mas, reconhece-se, era ameaçadoramente inteligente e independente.
Por que a história optou por retratá-la apenas como predadora sexual em vez de iluminar sua intrigante personalidade de mulher de negócios? “Foi sempre preferível atribuir o sucesso de uma mulher à sua beleza do que à sua inteligência”, diz a autora, que “escavou as fontes mais antigas, separou o que era mito e eliminou as fofocas”, segundo o jornal “The Washington Post”. Cleópatra praticamente não deixou rastros originais. Talvez, e no máximo, seja dela a letra de uma única palavra escrita em 33 a.C.: “ginesthoi”, denominação grega para “cumpra-se”, que consta de um decreto real. Ela nasceu em 69 a.C. e morreu aos 39 anos. A versão mais popular diz que se deixou picar por uma serpente venenosa. Mas também isso pode ser uma invenção para dramatizar o mito. No final da vida, Cleópatra era mantida em cárcere privado por Otaviano, que acabara de anexar Alexandria a Roma, e as ordens eram para vigiar tudo e a impedir que se matasse. Como então teria passado despercebida pelos guardas uma cobra de 1,80 m de comprimento dentro de uma cestinha de frutas? Menos glamorosa, e talvez mais verdadeira, é a hipótese de ela ter se suicidado ingerindo qualquer veneno e tendo convulsões como qualquer outro mortal.
Antes de matar a si própria, porém, ela matou muitos inimigos, dentre os quais seus irmãos. Há muitos buracos em sua biografia. A mãe, por exemplo, é um mistério: parece que era filha bastarda e sua genitora morreu cedo.
O fato é que aos 12 anos já era órfã, com certeza. Cleópatra era descendente dos reis gregos do Egito, os ptolomaicos. Seu pai, Ptolomeu XII, morreu quando ela tinha 18 anos e deixou os descendentes cheios de dívidas. Ele designou que o Egito seria comandado por ela e um irmão, juntos, casados, como era costume na época. Cleópatra acabou por matá-lo e ficou sozinha com o poder. A rainha do Egito não era egípcia e, sim, grega de nascença. A vida pessoal sempre se enroscou com a política.
Aos 21 anos, ela conheceu o primeiro amante, Júlio César, o poderoso general de Roma. Tiveram um filho e foram parceiros em planos de conquistas e monarquia conjunta. “Cleópatra, sem dúvida, contribuiu para a queda de César”, diz a escritora. Mas não parece ter participado do complô que o levou à morte, esquartejado por antigos companheiros. O fato é que ela logo tratou de seduzir seu sucessor, Marco Antônio, com quem teria vivido a maior relação de amor. Isso, contudo, não impediu que o encaminhasse para uma armadilha, ao final. O romance com Antônio, como ele é chamado, se deu quando a rainha tinha 28 anos e já era considerada meio velha. A atração foi instântanea e fatal, e eles tiveram um casal de gêmeos. A biógrafa escreve: “A notícia de que a empreendedora rainha do Egito tivera um filho chamado Alexandre, cujo pai era Marco Antônio e cujo meio-irmão era filho de Júlio César, constituía uma manchete de primeira página em 39 a.C. Era o que bastava para que Cleó­patra, usando uma frase muito posterior, fosse alvo de fofocas no mundo inteiro.” O fim dos dias de Cleópatra e Antônio é uma típica tragédia grega. O livro de Stacy, eleito um dos melhores do ano pelo jornal “The New York Times”, servirá de base para um novo filme sobre a rainha fatal, desta vez, com Angelina Jolie no papel principal. Apesar de linda, Angelina não precisará do seu esplendor físico para interpretar esta nova Cleópatra, uma estadista arrojada que, há dois mil anos, triunfou em um mundo dominado pelos homens.


Referências:

http://www.allthelikes.com
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nefertiti
http://www.suapesquisa.com/egito/nefertiti.htm
http://www.historianet.com.br

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